No dia 13 de maio de 1888, a Lei Áurea aboliu a prática da escravidão no Brasil, declarando em seu artigo primeiro a extinção da escravidão em nosso país. Era um domingo quando Dona Isabel, princesa Imperial do Brasil, sancionou a Lei, quando seu pai, o imperador Dom Pedro II, estava em viagem ao exterior. Foi do Ministro da Agricultura e Conselheiro do Império, Rodrigo Augusto da Silva, a autoria desse projeto de lei que extinguia a escravidão – apresentado à Câmara Geral, que hoje corresponde à Câmara dos Deputados, no dia 8 de maio de 1888, foi votado e aprovado nos dias 9 e 10 de maio.
O Brasil passava por muitas transformações políticas e sociais, todavia só foi pelas pressões internas e externas que a abolição aconteceu. A Lei Eusébio de Queirós, de 1850, proibia o tráfico de negros vindos da África e como consequência, o número de escravizados diminuiu muito. Outros fatores importantes que contribuíram para a redução dessa população, foram a Guerra do Paraguai, no qual muitos morreram ou conseguiram a liberdade; a epidemia de varíola e a Lei do Ventre Libre, de 1871, que libertou todos os filhos de escravos nascidos a partir daquela data.
Em 1885 todos os negros maiores de 65 anos foram libertos com base na Lei dos Sexagenários. O país vivia sob uma grande pressão social. A fuga de negros aumentara muito, além de roubos e enfrentamentos, o que provocava prejuízos aos donos e fazendeiros. Por último, nos últimos anos da escravidão, o Exército passou a se recusar a fazer o papel de capitão do mato, ou seja, de sair à captura daqueles que fugiam. Na luta pela LIBERDADE, muitos grupos de pessoas perseguiam esses capitães-do-mato, ameaçavam fazendeiros, ajudavam na fuga dos escravos etc.
O fim do período escravocrata brasileiro marcou o início da queda do Império Real. Os negros eram tratos de forma cruel, sem qualquer direito civil ou moral. Era possível comprar, emprestar ou até mesmo alugá-los, em uma espécie de atividade econômica. Sob a ótica comunicacional, como era possível divulgar notícias sobre a fuga? Como era possível reportar tais informações? Nos anos de 1857 a 1879, por exemplo, o Jornal Correio Paulistano, publicou os seguintes anúncios: Anúncios de Aluguel, de Compra, de Fuga, de Venda e de Violência e Abuso.
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