Grupo 7: Higor Montagnini, Rafaella Fernandes, Gabriel Ferreira e Ana Julia Tonhati
Tema: Mercado de produtos de higiene e beleza no Brasil em periódicos. (1800-1919)
A chegada da Revolução Industrial no final do século
XVIII e início do século XIX, com certeza deixaram a indústria dos cosméticos e
de higiene pessoal mais popularizada.
Esse importante acontecimento que mudou os rumos do
nosso planeta trouxe novas matérias-primas para a fabricação de cosméticos mais
variados e mais baratos, por exemplo: a ureia, o ácido benzóico, a soda, a
glicerina, o peróxido de hidrogênio, o óleo mineral refinado, a vaselina, o
talco e outros.
No Brasil, a higiene pessoal era bastante comprometida
visto que o nosso país, durante o período de um século teve suas transições de
um território colonizado que se tornou uma monarquia e depois virou uma
república. Assim, nessa margem histórica de 1800 para frente, também com a
influência teatral, o pó de giz branco e azul, papéis tingidos de vermelho, tinta
nanquim, tijolo triturado e cortiça eram aplicados no rosto. Karl Bodden, um
alemão, desenvolveu a tinta graxa, que era composta de zinco branco, amarelo
ocre, vermelho e banha, o que se tornou um padrão na maquiagem teatral. O rosto
branco retornou após a Guerra Civil nos Estados Unidos. Os perigos do chumbo
foram descobertos nesse período.
Na segunda metade do século, o isolamento da anilina forneceu alternativas mais seguras aos metais pesados. Na França, por exemplo, as mulheres usavam maquiagem livremente e a indústria cosmética se desenvolvia rapidamente.
Vejamos alguns anúncios
que vão da segunda metade do século XIX até os anos iniciais do século XX:
No século XIX
eram comuns, nos grandes centros europeus, as casas de banhos. O ambiente tinha
uma estrutura para banhos medicinais, com acompanhamento de um profissional da
área da saúde. Na época eram raras as casas que tinham um banheiro nas condições que
temos nos dias atuais. A cadeira sanitária, ducha, ou escarradeira eram artigos
para as residências de luxo.
O cartaz acima
mostra o anúncio de A Sereia Paulista, que foi uma casa de banho inaugurada em
28 de setembro de 1865, na cidade de São Paulo. O estabelecimento tinha um poço para abastecimento de água,
reservatórios, aquecimento e vários quartos com uma banheira de mármore em cada
um. Um dos quartos disponíveis para os clientes era adaptado para “banhos de chuva”. Na sala da frente, “refrescos finos e
bebidas de espírito”.
Diretamente
do começo do século passado temos o anúncio do Creme Ormonde. Em um texto
coloquial o produto era enaltecido pelos seus diversos benefícios à pele: "Alvíssimo e de perfume delicioso". O produto era
encontrado em perfumarias da antiga capital nacional, Rio de Janeiro, já que o
mesmo era importado dos Estados Unidos. Esse anúncio foi veiculado na Revista A Careta do dia 18 de setembro de 1909.
O anúncio acima trata-se do “maravilhoso” sabonete líquido “Aristolino”. As aspas no “maravilhoso” se deve ao fato de que, segundo a propaganda da época, o sabão tinha uma gama variada de funções além da função normal de um sabão comum. Assim, o Aristolino funcionava como cicatrizante, anti-parasitário, anti-eczema, fazia limpeza de pele, era contra a queda de cabelos e muito mais.
Essa era a promessa de um cosmético para aliviar o problema de muitas moças relacionados à acne. O ano era 1918 e com a veiculação do anúncio em uma revista feminina (A Cigarra), o objetivo de comunicação do anúncio estava bem assertivo.
tá completinhooo, que chiqueeee
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