Grupo 5 - As rainhas do rádio e as rainhas das revistas.
(https://joaopiol.blogspot.com/p/fotonovelas-no-brasil.html)
As fotonovelas nasceram na década de 1940, na Itália pós-guerra, em revistas que publicavam filmes adaptados para quadrinhos. Seu grande sucesso foi graças a popularização do cinema na época. No período de 1949 e 1980, foram cerca de trinta títulos de revistas de fotonovelas publicados. Os títulos mais populares eram, Grande Hotel, Sétimo Céu e Capricho a mais vendida, com tiragens que chegavam a 400 mil exemplares por edição. A maioria dessas revistas eram releituras e adaptações das produzidas na Itália. Porém tinham algumas, como, Sétimo Céu, da Editora Bloch que se arriscavam com narrativas abrasileiradas, as histórias eram ambientadas nas praias com o clima ensolarado, pessoas com roupas de banho e tinha estrelas como Vera Fischer, Carlos Imperial, Jerry Adriani e Agnaldo Rayol.
Como na época os meios de comunicação não eram de fácil acesso, os que existiam só uma parcela da população possuía, as fotonovelas eram vendidas em bancas de revistas das grandes e pequenas cidades, os que tinham acesso à rádio, poderiam ouvi-las narradas. O que se tornou um grande sucesso na época.
Já na época de 60 a 80 a revista "Sétimo Céu" usava como atores e atrizes cantores e cantoras famosos, principalmente do movimento Jovem Guarda e MPB, tais como: Roberto Carlos, Wanderlei Cardoso, Jerry Adriani, Paulo Sérgio, Valdirene, Ronnie Von, Antônio Marcos, Wanderléia, Martinha além de Emilinha Borba, Cauby Peixoto, Maysa, Ângela Maria e Claro, atores e atrizes de telenovela. Pesquisas feitas nos anos 70 dizem que as revistas de fotonovelas só perdiam em vendas pelas de quadrinhos infantis. O número de vendas deixa muitos em surpresa, em média 2 milhões de vendas mensais.
(https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/cultura/audio/2021-09/radio-nacional-faz-85-anos-e-segue-sendo-radio-publica-do-brasil)
A rádio nacional surgiu em 1936, no Rio de Janeiro. A rádio foi um fenômeno de expressão da cultura popular brasileira, chegou a ser considerada a quinta maior rádio do mundo. Foi através dela que programas de auditório, radionovelas, programas humorísticos e musicais, que marcaram a história do Rádio no Brasil, ela foi campeã de audiência desde sua criação até o surgimento da TV, que ditou novos rumos para a comunicação no país. Os programas eram transmitidos dos vários estúdios específicos, entre eles do auditório da rádio, que ficavam nos 3 últimos andares do edifício “A Noite”, localizado no Rio de Janeiro.
(http://www.locutor.info/index_fotos_radio_nacional.html)
Na década de 1950 cantoras como Emilinha Borba, Marlene e Ângela Maria, disputavam pelo título de “Rainhas do Rádio”, competição que levava multidões para os auditórios onde eram cobrados ingressos até pra quem ficava de pé. Essas mulheres eram consideradas SEXY SIMBOL da época, tinham seus rostos estampados nas revistas e nas peças publicitárias.
Maria do Carmo Miranda da Cunha, popularmente conhecida como Carmem Miranda, ela foi cantora e atriz luso-brasileira. Sua carreira foi trilhada no Brasil e Estados Unidos nas décadas de 1930 e 1950. Fez trabalhos para o rádio, teatro de revistas, cinema e na televisão. Foi a mulher da época a receber o maior salário nos Estados Unidos. Tinha um estilo eclético que por essa razão foi considerado uma precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro que nasceu na década de 1960.
O rosto de Carmem Miranda estampou várias revistas, seja ela para falar de sua carreira ou para fazer publicidade de produtos, em sua maioria cosméticos. Um exemplo foi a peça publicitária do sabonete LUX na década de 1930, que tinha a seguinte frase: "Nove entre dez estrelas de Hollywood usam LUX. Este anúncio estampou vários rostos de atrizes de cinema, como Brigitte Bardot, Elizabeth Taylor e Sophia Loren. Carmen Miranda foi a primeira estrela Sul-Americana a estrelar nessa campanha.
Uma curiosidade sobre essa campanha é que até então ela nunca tinha mostrado os cabelos sem turbante, infelizmente ela não pode ver o anúncio pois a revista começou a circular um dia após sua morte.
Carmen foi a maior cantora da década de 1930. Brilhou no disco, como estrela da Victor e Odeon, na Rádio Mayrink Veiga e depois nos Era dos Cassinos – cujo auge foi de 1936 até a proibição do jogo, dez anos depois. Foi no num deles, no da Urca, que ela foi descoberta por um empresário americano que a levou para a “América”, onde faria apenas uma participação numa “revista” local, mas em poucas semanas já era o primeiro nome nos letreiros. Lá se transformou numa atriz-comediante de êxito internacional, chegando a ser por um período o maior salário de toda Hollywood. Aqui, porém, foi uma cantora à frente do tempo, primeiro por já entender a importância da performance e de uma interpretação mais coloquial e teatralizada, depois também por não gostar de músicas tristes, num tempo em que a melancolia predominava nas músicas românticas e até em algumas mais ritmadas.
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