quarta-feira, 25 de maio de 2022

Atividade 2 / Grupo 5: Michelle Martins, Lara Marques, Priscila e Rithielly

 Grupo 5 - As rainhas do rádio e as rainhas das revistas.



 (https://joaopiol.blogspot.com/p/fotonovelas-no-brasil.html)

As fotonovelas nasceram na década de 1940, na Itália pós-guerra, em revistas que  publicavam filmes adaptados para quadrinhos. Seu grande sucesso foi graças a popularização do cinema na época. No período de 1949 e 1980, foram cerca de trinta títulos de revistas de fotonovelas publicados. Os títulos mais populares eram, Grande Hotel, Sétimo Céu e Capricho a mais vendida, com tiragens que chegavam a 400 mil exemplares por edição. A maioria dessas revistas eram releituras e adaptações das produzidas na Itália. Porém tinham algumas, como, Sétimo Céu, da Editora Bloch que se arriscavam com narrativas abrasileiradas, as histórias eram ambientadas nas praias com o clima ensolarado, pessoas com roupas de banho e tinha estrelas como Vera Fischer, Carlos Imperial, Jerry Adriani e Agnaldo Rayol.

 

 13 ideias de Fotonovela | revistas antigas, covinha no queixo, setimo ceu

 

Como na época os meios de comunicação não eram de fácil acesso, os que existiam só uma parcela da população possuía, as fotonovelas eram vendidas em bancas de revistas das grandes e pequenas cidades, os que tinham acesso à rádio, poderiam ouvi-las narradas. O que se tornou um grande sucesso na época.

 

Fotonovela

 

Já na época de 60 a 80 a revista "Sétimo Céu" usava como atores e atrizes cantores e cantoras famosos, principalmente    do movimento Jovem Guarda e MPB, tais como: Roberto Carlos, Wanderlei Cardoso, Jerry Adriani, Paulo Sérgio, Valdirene, Ronnie Von, Antônio Marcos, Wanderléia, Martinha além de Emilinha Borba, Cauby Peixoto, Maysa, Ângela Maria e Claro, atores e atrizes de telenovela. Pesquisas feitas nos anos 70 dizem que as revistas de fotonovelas só perdiam em vendas pelas de quadrinhos infantis. O número de vendas deixa muitos em surpresa, em média 2 milhões de vendas mensais.

 

 Rádio Nacional faz 85 anos e segue sendo a rádio pública do Brasil |  Radioagência Nacional

(https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/cultura/audio/2021-09/radio-nacional-faz-85-anos-e-segue-sendo-radio-publica-do-brasil)
 

A rádio nacional surgiu em 1936, no Rio de Janeiro. A rádio foi um fenômeno de expressão da cultura popular brasileira, chegou a ser considerada a quinta maior rádio do mundo. Foi através dela que programas de auditório, radionovelas, programas humorísticos e musicais, que marcaram a história do Rádio no Brasil, ela foi campeã de audiência desde sua criação até o surgimento da TV, que ditou novos rumos para a comunicação no país. Os programas eram transmitidos dos vários estúdios específicos, entre eles do auditório da rádio, que ficavam nos 3 últimos andares do edifício “A Noite”, localizado no Rio de Janeiro.


 (http://www.locutor.info/index_fotos_radio_nacional.html)

 

Na década de 1950 cantoras como Emilinha Borba, Marlene e Ângela Maria, disputavam pelo título de “Rainhas do Rádio”, competição que levava multidões para os auditórios onde eram cobrados ingressos até pra quem ficava de pé. Essas mulheres eram consideradas SEXY SIMBOL da época, tinham seus rostos estampados nas revistas e nas peças publicitárias.

 

 
(https://www.propagandashistoricas.com.br/2015/03/sabonete-lux-carmem-miranda-1955.html) 
 

Maria do Carmo Miranda da Cunha, popularmente conhecida como Carmem Miranda, ela foi cantora e atriz luso-brasileira. Sua carreira foi trilhada no Brasil e Estados Unidos nas décadas de 1930 e 1950. Fez trabalhos para o rádio, teatro de revistas, cinema e na televisão. Foi a mulher da época a receber o maior salário nos Estados Unidos. Tinha um estilo eclético que por essa razão foi considerado uma precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro que nasceu na década de 1960.

O rosto de Carmem Miranda estampou várias revistas, seja ela para falar de sua carreira ou para fazer publicidade de produtos, em sua maioria cosméticos. Um exemplo foi a peça publicitária do sabonete LUX na década de 1930, que tinha a seguinte frase: "Nove entre dez estrelas de Hollywood usam LUX. Este anúncio estampou vários rostos de atrizes de cinema, como Brigitte Bardot, Elizabeth Taylor e Sophia Loren. Carmen Miranda foi a primeira estrela Sul-Americana a estrelar nessa campanha.

Uma curiosidade sobre essa campanha é que até então ela nunca tinha mostrado os cabelos sem turbante, infelizmente ela não pode ver o anúncio pois a revista começou a circular um dia após sua morte.

 



Ser mulher naquele tempo não era fácil. Almejar ser artista pior ainda. Cantora não era profissão docente. Mas algumas bravas guerreiras não se intimidaram, subverteram o esperado, e provaram que era possível sim uma mulher cantar, ser estrela e se fazer respeitada. Nos primórdios de nossa discografia, de 1902 a 1927, tempo da gravação mecânica, apareceram algumas poucas vozes femininas, muitas vezes em duetos com os varões da época, na maioria, atrizes/vedetes do teatro de revista. A primeira a ter uma carreira regular, ainda que breve, como cantora foi Aracy Côrtes, entre 1925 e 35. Mas a primeira cantora realmente a arrebatar corações com sucesso retumbante foi Carmen Miranda.
 
Aracy Cortes, Flor Eterna – Portal Luis Nassif 
 
Aracy Cortes durante mais de vinte anos reinou e foi cortejada como uma das maiores estrelas do Teatro de Revista, atuando nos palcos da Praça Tiradentes, que na época reunia o que havia de melhor no meio artístico. Possuidora de uma voz aguda, cheia de musicalidade, porém de extensão reduzida, sabia tirar partido da sua sensualidade e encanto pessoal para reinar a princípio no picadeiro e em sequência no teatro. Sua estreia oficial aconteceu no Teatro Recreio, na última noite de 1921, na revista “Nós Pelas Costas”, de J. Praxedes (Rafael Gaspar da Silva), cuja temática era a “duplicidade de opinião que as pessoas costumam manifestar à frente e por trás das outras”. Foi nessa época que surgiu o pseudônimo Aracy Cortes , atribuído por Mário Magalhães, crítico teatral do jornal “A Noite”. É dele também o rótulo de “figurinha brasileira petulante”.
Mulher muito à frente de seu tempo, Aracy Cortes desde sempre desafiava preconceitos, como o de posar praticamente nua (foto ao lado) “vestida” apenas com o violão (1924), interpretando um dos seus maiores sucessos, a canção “Gemer Num Violão”.
 
 
 

Carmen foi a maior cantora da década de 1930. Brilhou no disco, como estrela da Victor e Odeon, na Rádio Mayrink Veiga e depois nos Era dos Cassinos – cujo auge foi de 1936 até a proibição do jogo, dez anos depois. Foi no num deles, no da Urca, que ela foi descoberta por um empresário americano que a levou para a “América”, onde faria apenas uma participação numa “revista” local, mas em poucas semanas já era o primeiro nome nos letreiros. Lá se transformou numa atriz-comediante de êxito internacional, chegando a ser por um período o maior salário de toda Hollywood. Aqui, porém, foi uma cantora à frente do tempo, primeiro por já entender a importância da performance e de uma interpretação mais coloquial e teatralizada, depois também por não gostar de músicas tristes, num tempo em que a melancolia predominava nas músicas românticas e até em algumas mais ritmadas.

 
 
Odete Amaral  começou na Rádio Guanabara, em 1935. Acompanhada por Felisberto Martins ao piano e por Pereira Filho ao violão, Odete cantou: “ Minha Embaixada Chegou”, de Assis Valente e foi aprovada com louvor. Com o sucesso do teste, foi convidada para cantar no programa:: “Suburbano”. Depois, Almirante, que era muito importante no rádio da época, a convidou para a Rádio Clube do Brasil. Em seguida foi para a Rádio Ipanema. E assim esteve em várias emissoras, como: Sociedade, Philips e Cruzeiro do Sul. Em seguida , atuou em teatro, cantando: “Ganhou, Mas Não Leva”, de Milton Amaral, no Teatro João Caetano. Em 1936, gravou seu primeiro disco , pela Odeon. Cantou os sambas: “ Palhaço”, de Milton Amaral e Roberto Cunha e “ Dengoso”, também de Amaral. Ari Barroso levou Odete para a Victor e ali ela lançou: “ Colibri” e a batucada: “ Foi de Madrugada”. Também fez coro em gravações de colegas, como Francisco Alves, Mário Reis, Almirante. Assinou então contrato com a Rádio Mayrink Veiga e fez o filme: “Bonequinha de Seda”, de Oduvaldo Viana, com produção da Cinédia. Recebeu de César Ladeira o slogan de: “ A Voz Tropical "Em 1938, Odete casou-se com o também cantor Ciro Monteiro. Eles tiveram um filho, mas se separaram em 1949.
 
 
Em decorrência de todo sucesso das fotonovelas e do rádio, nasceu as musas da época, as que estampavam as revistas dentro das peças publicitárias, com seus belos rostos e seus depoimentos sobre os produtos oferecidos.  
 
 
 
 



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