1930-
Até o início da década de 1930, o rádio permaneceu em caráter experimental. Organizado em sistema de sociedade, com uma programação voltada para a elite, o rádio teve um desenvolvimento lento até quando foram permitidas propagandas comerciais que levaram à organização de empresas para disputar o mercado.
O desenvolvimento desta reflexão procura mostrar como o rádio exerceu forte influência na vida das pessoas, sendo capaz de criar modas, inovar estilos e inventar práticas cotidianas
Grande parte da população brasileira tinha o rádio como forma de lazer. Por meio da música, informações, humor e variedades, o rádio levava a realidade e o sonho aos lares. As radionovelas, que misturavam o real e o imaginário, possibilitaram discussões sobre questões morais, sociais e comportamentais. O rádio unia a cidade e o interior, divulgando novas formas de comportamento, novos produtos, a última moda, etc.
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A partir da década de 1930, Getúlio Vargas passou a fazer uso desse meio de comunicação para difundir o projeto político-pedagógico do Estado Novo, repassando a imagem de uma sociedade unida e harmônica, sem divisões e conflitos sociais. Por meio de um programa oficial, A Hora do Brasil.
1940-
As radionovelas fizeram muito sucesso, sendo lançadas em 1941. Porém, a popularização desse gênero ocorreu com o surgimento das novelas transmitidas em capítulos. A primeira “Em busca da felicidade”. O grande sucesso fez com que outras emissoras de São Paulo e Rio de Janeiro adotassem o estilo. Sempre com altos índices de audiência.
Para conquistar o ouvinte, a radionovela deveria ter uma linguagem simples, abordando um tema de interesse que fosse capaz de despertar sentimentos.
Com a criação do Departamento de Imprensa e Propaganda ( DIP), em 1939, o programa oficial, agora denominado Hora do Brasil, passou a ser transmitido para todo o país, visando integrar todos os lugares, mesmo os mais distantes, à Capital Federal.
Enfim, a grande questão era: afinal, o rádio deveria educar ou transmitir propagandas e formas inferiores de música, como o samba e outros gêneros do folclore? As reclamações foram inúmeras e a população “esclarecida”, que tinha o rádio como símbolo de status e erudição, viu-se inconformada com a sua popularização
Na década de 40 uma época de intensa punição cultural, a
época de ouro do rádio fez surgir nomes de consagrados artistas, diretores e cantores
renomados. Juntos formavam as primeiras e verdadeiras celebridades do Brasil.
As rainhas do rádio
Começado na década de 30 por uma revista sem
grande relevância chamada sintonia, a ideia de eleger uma rainha do rádio
foi adotada pela Associação Brasileira de Rádio para arrecadar fundos para a
construção do que seria o Hospital dos Radialistas.
Uma das primeiras e importantes ganhadoras foi a Linda
Batista, cantora essencialmente brasileira que cantava sambas e marchas de
carnaval.
Linda e Dircinha irmãs dominaram muito o concurso e
tinham uma linda amizade, riquíssimas e talentosas foram apelidadas por
patrimônio nacional por Getúlio Vargas. O voto era popular e se fazia por meio
de cupons a serem recortados das revistas especializadas como Radiolândia
e especialmente a Revista do Rádio.
A
coroa era entregue à vencedora num baile de gala – o Baile da Rainha da
Rádio Nacional – para deleite de fãs frenéticos que lutavam por suas
cantoras preferidas e comprarem os votos para seus artistas favoritos, alguns
votos eram de empresas que queriam patrocinar, que foi o caso da Marlene, uma
das ganhadoras por este novo método, garota propaganda do Guaraná caçula da
Antártica e rival de Emilinha, cantora nova, rixa na qual dividiu o Brasil em
dois polos na época.
Logo
após Marlene ganha um programa na radio nacional e logo adiante foi estrela do
programa “Manuel Barcelos” que rivalizava com o programa do “Cesar de
Alencar”. Mais tarde Emilinha Borba foi eleita a grande rainha do rádio
de 1953, a essa altura ela colecionava grandes sucessos carnavalescos.

No
ano seguinte filha de pastor e dona do sucesso "Não tenho você",
"Vida de Bailarina" e "Recusa" Angela Maria foi
eleita com quase 1 milhão e meio de votos a Rainha do Rádio, um recorde.
Dolores
Duran
uma das grandes compositoras do Brasil, conquistou não só o nacional como também
outros países fazendo turnês pela china e até união soviética, apesar do
preconceito por ser uma mulher negra. Depois de sua morte foi reconhecida como
a primeira interprete a fazer sucesso autorais.
Elas foram pioneiras, lendárias e hoje a aclamam dizendo
"isso sem mostrar a bunda", porém na época foram criticadas
exatamente como julgam algumas cantoras atuais: promiscuas e péssimas
influencias com uma música vulgar. Tal fato se deve, pois, cantoras de rádio não
eram vistas com bons olhos sendo comparadas à uma profissão de prostituição e
suas canções eram desqualificadas só por serem populares.
Lista de Rainhas do Rádio:
·
Linda Batista (1937 - 1947)
·
Dircinha Batista (1948)
·
Marlene (1949 - 1950)
·
Dalva de Oliveira (1951)
·
Mary Gonçalves (1952)
·
Emilinha Borba (1953)
·
Ângela Maria (1954)
·
Vera Lúcia (1955)
·
Dóris Monteiro (1956 - 1957)
·
Julie Joy (1958)
INTEGRANTES:
Rhyan Pablo Ferreira Gomes.
Rodrigo Marquet Nunes Nogueira.
Isabella.
Augusto.
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