quarta-feira, 4 de maio de 2022

Atividade aula 1 / Grupo 4: Gabriel Filipe, Milena Maria, Amanda Santos e Geovanna Martins

Introdução - Uso de Figuras Políticas em Comerciais


Desde os primórdios da imprensa e outros veículos de comunicação de massa, a Publicidade e a Propaganda cumpre o seu papel central de divulgar uma ideia ou um produto baseado em um contexto. À prova disso, estão os periódicos, pasquins, placas de rua e cartazes veiculados no período de (1808 - 1919) que tinham o objetivo de enaltecer figuras políticas por meio desses materiais.


Para entender tal estratégia utilizada nesse período, é de fundamental importância que se entenda a origem desse enaltecimento, com base no contexto do período, e os impactos dessas figuras aliadas a produtos comerciais. À priori, será apresentado uma introdução sobre o período, levando em conta a dinâmica do mercado e traçando uma linha histórica que justifica o método manipulado pelos primeiros anunciantes e profissionais de propaganda, além de exemplificações de usos de propagandas.



Chegada da Família Real e a Abertura dos Portos (1808)


A vinda da Família Real para o Brasil em 1808 foi a principal responsável por acelerar o nascimento da publicidade dentro do país. Dentre os seus desdobramentos que impactaram diretamente esse processo, destaca-se a Abertura dos Portos.


Biblioteca Nacional - Carta de Abertura dos Portos, 1808


Para o Brasil, a abertura dos portos promoveu uma diversificação da economia por meio da circulação de produtos oriundos de outros países, aumentando significativamente o consumo desses produtos entre a população colonial.


As mercadorias inglesas foram as mais beneficiadas com essa abertura, pois, além de adentrarem em um novo mercado consumidor e em ascensão, pagavam menos impostos. Até mesmo produtos portugueses pagavam mais impostos do que os ingleses.


Exemplo de sátira política produzida no período:


Legenda: A entrada maciça de produtos ingleses

no Brasil após a assinatura do Tratado de 1810.


(1901 - 1918)


Rompendo limites e bloqueios, a Chegada da Corte pode ser considerada a precursora para tal construção de estereótipos e referenciação em torno de figuras públicas. Sendo intensificada no início do século XX, época marcada pela efervescência da guerra, recuperação econômica brasileira e politização. Dentro desse cenário surgiram as primeiras propagandas com alusão à políticos.


O começo do século XX também foi marcado com o desenvolvimento do parque gráfico, consequentemente, os anúncios ganharam mais cores. Em 1901, o cartão postal chega ao Brasil, porém somente a classe média tinha poder aquisitivo de adquiri-lo. Todavia, comerciantes passaram a utilizar esses cartões para divulgar seus produtos.
Nessa década surge a Revista da Semana cujo anúncios têm uma linguagem mais sutil. Além disso, surgem revistas menores, como a Vida Paulista e Arara, a qual se mantinham com anunciantes locais. Ademais, a propaganda foi marcada pela utilização de políticos como garotos-propaganda, a fim de conferir autoridade para os comerciais de produtos.


Nesse período, os anúncios publicitários eram produzidos por artistas e poetas famosos, como Olavo Bilac, Vasco Lima, entre outros.


Pode-se citar como exemplos:


Propaganda Manah


Legenda: – Seu Barão, o que devo fazer para ficar forte e bonito como o senhor? A resposta: Deves-te alimentar com o milagroso Manah, que, além de ser atualmente a salvação das crianças, ainda oferece um prêmio de 500$000 (100 ANOS DE PROPAGANDA, 19(80), p.15).


Objetivos da Peça Publicitária

A propaganda possui o objetivo central de vincular a figura de Barão do Rio Branco (diplomata e cônsul brasileiro), através de sua força e diplomacia, à marca "Manah" - Alimentos Fortificantes.


Propaganda Bromil 


Legenda: Para anunciar as qualidades do xarope Bromil, por exemplo, Felipe contratou o grande poeta Olavo Bilac, que em um anúncio vinculado primeiramente no Jornal do Brasil em 1912, testemunhou as qualidades terapêuticas do xarope.


Propaganda Elixir de Nogueira


Legenda: ELIXIR DE NOGUEIRA - Anúncio de 1919 ("O Malho"). Anúncios antigos do "milagroso" Elixir de Nogueira, "O Grande Depurativo do Sangue", anunciado inclusive como o único para a cura da sífilis.


Conclusão

Porquanto, pode-se afirmar que a construção histórica e a motivação para a utilização de figuras políticas e públicas na propaganda permeou séculos. Sendo um mecanismo de persuasão que utiliza da “voz de autoridade” para convencer os seus interlocutores a adquirirem tais produtos, como também de promoção da imagem dessas importantes figuras em um contexto de ápice da politização.


Integrantes

Gabriel Filipe 
Amanda Santos
Milena Maria
Geovanna Martins

Referências:

https://www.propagandashistoricas.com.br/ ; https://brasilescola.uol.com.br/historiab/abertura-dos-portos.htm

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