Introdução - Uso de Figuras Políticas em Comerciais
Desde os primórdios da imprensa e outros veículos de comunicação de massa, a Publicidade e a Propaganda cumpre o seu papel central de divulgar uma ideia ou um produto baseado em um contexto. À prova disso, estão os periódicos, pasquins, placas de rua e cartazes veiculados no período de (1808 - 1919) que tinham o objetivo de enaltecer figuras políticas por meio desses materiais.
Para entender tal estratégia utilizada nesse período, é de fundamental importância que se entenda a origem desse enaltecimento, com base no contexto do período, e os impactos dessas figuras aliadas a produtos comerciais. À priori, será apresentado uma introdução sobre o período, levando em conta a dinâmica do mercado e traçando uma linha histórica que justifica o método manipulado pelos primeiros anunciantes e profissionais de propaganda, além de exemplificações de usos de propagandas.
Chegada da Família Real e a Abertura dos Portos (1808)
A vinda da Família Real para o Brasil em 1808 foi a principal responsável por acelerar o nascimento da publicidade dentro do país. Dentre os seus desdobramentos que impactaram diretamente esse processo, destaca-se a Abertura dos Portos.

Biblioteca Nacional - Carta de Abertura dos Portos, 1808
Para o Brasil, a abertura dos portos promoveu uma diversificação da economia por meio da circulação de produtos oriundos de outros países, aumentando significativamente o consumo desses produtos entre a população colonial.
As mercadorias inglesas foram as mais beneficiadas com essa abertura, pois, além de adentrarem em um novo mercado consumidor e em ascensão, pagavam menos impostos. Até mesmo produtos portugueses pagavam mais impostos do que os ingleses.
Exemplo de sátira política produzida no período:

Legenda: A entrada maciça de produtos ingleses
no Brasil após a assinatura do Tratado de 1810.
(1901 - 1918)
Rompendo limites e bloqueios, a Chegada da Corte pode ser considerada a precursora para tal construção de estereótipos e referenciação em torno de figuras públicas. Sendo intensificada no início do século XX, época marcada pela efervescência da guerra, recuperação econômica brasileira e politização. Dentro desse cenário surgiram as primeiras propagandas com alusão à políticos.
O começo do século XX também foi marcado com o desenvolvimento do parque gráfico, consequentemente, os anúncios ganharam mais cores. Em 1901, o cartão postal chega ao Brasil, porém somente a classe média tinha poder aquisitivo de adquiri-lo. Todavia, comerciantes passaram a utilizar esses cartões para divulgar seus produtos.
Nessa década surge a Revista da Semana cujo anúncios têm uma linguagem mais sutil. Além disso, surgem revistas menores, como a Vida Paulista e Arara, a qual se mantinham com anunciantes locais. Ademais, a propaganda foi marcada pela utilização de políticos como garotos-propaganda, a fim de conferir autoridade para os comerciais de produtos.
Nesse período, os anúncios publicitários eram produzidos por artistas e poetas famosos, como Olavo Bilac, Vasco Lima, entre outros.
Pode-se citar como exemplos:
Propaganda Manah

Legenda: – Seu Barão, o que devo fazer para ficar forte e bonito como o senhor? A resposta: Deves-te alimentar com o milagroso Manah, que, além de ser atualmente a salvação das crianças, ainda oferece um prêmio de 500$000 (100 ANOS DE PROPAGANDA, 19(80), p.15).
Objetivos da Peça Publicitária
A propaganda possui o objetivo central de vincular a figura de Barão do Rio Branco (diplomata e cônsul brasileiro), através de sua força e diplomacia, à marca "Manah" - Alimentos Fortificantes.
Propaganda Bromil

Legenda: Para anunciar as qualidades do xarope Bromil, por exemplo, Felipe contratou o grande poeta Olavo Bilac, que em um anúncio vinculado primeiramente no Jornal do Brasil em 1912, testemunhou as qualidades terapêuticas do xarope.
Propaganda Elixir de Nogueira

Legenda: ELIXIR DE NOGUEIRA - Anúncio de 1919 ("O Malho"). Anúncios antigos do "milagroso" Elixir de Nogueira, "O Grande Depurativo do Sangue", anunciado inclusive como o único para a cura da sífilis.
Conclusão
Porquanto, pode-se afirmar que a construção histórica e a motivação para a utilização de figuras políticas e públicas na propaganda permeou séculos. Sendo um mecanismo de persuasão que utiliza da “voz de autoridade” para convencer os seus interlocutores a adquirirem tais produtos, como também de promoção da imagem dessas importantes figuras em um contexto de ápice da politização.
parabéns
ResponderExcluirmuito bom
ResponderExcluirobrigadooo!!!!
Excluirperfeito
ResponderExcluiré sobre issooooo!!!
ExcluirAdorei
ResponderExcluirmuito interessante, parabéns
ResponderExcluirobrigadoooo!!!!!
Excluiruiii credo que trabalhinho, muito bom
ResponderExcluircê viu menina!!!!
ResponderExcluirótimo :)
ResponderExcluirkkkkakk é sobre isso
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