Revista e Radionovelas
As revistas chegaram ao Brasil juntamente com a corte portuguesa no início do século XIX A autorização para imprimir em território nacional veio com a autorização para instalação da imprensa régia, em 1908, determinada por D. João VI. No entanto, a primeira revista surgiu em 1812.
Outro tipo de publicação que se destaca entre o final do século XIX e início do século XX, são as chamadas "galantes", revistas totalmente voltadas para o público masculino que mesclavam política, sociedade, picadas, caricaturas, desenhos, contos e fotos eróticos
No início do século XX, acompanhando a crescente evolução da indústria no país, começam a surgir os mais variados tipos de publicações. A fotografia passa a ter lugar de destaque junto aos periódicos nacionais a ponto de, em 1900, surgir A Revista da Semana, especializada em fazer reconstituições de crimes em estúdios fotográficos instaurando, assim, no mercado brasileiro de revistas, um modelo que veio para ficar: veículos recheados de ilustrações e fotos atraentes aos olhos do consumidor.
Em 1920 à 1922 cerca de 35% das publicidades apresentadas mensalmente nas edições da revista eram direcionadas especificamente a modelagem do corpo, se apresentando como remédio ou cosméticos, numa função múltipla de cuidar, tratar e embelezar.
apresentavam objetos de adornos, como joias ou tecidos, e as publicidades prometiam o melhoramento do corpo em si; exemplo de propaganda de moda:
(as publicidades prometiam enegrecer os cabelos)
(tinham comparações de quem não usava os produtos de beleza)
As Revistas de Rádio no Brasil: Décadas De 1920 - 1950
As revistas de rádio foram criadas no Brasil na década de 1920, simultaneamente ao surgimento das primeiras emissões radiofônicas. Tais publicações pretendiam inicialmente satisfazer o interesse informativo dos primeiros aficionados do rádio, e seu conteúdo editorial apresentava principalmente assuntos relacionados à radiodifusão, de cunho técnico e científico e, posteriormente, se tornaram um apoio muito forte às emissoras de Rádio. Na década de 1930, com a evolução do rádio como veículo de comunicação de massa, o crescimento das emissoras no Brasil e a autorização da propaganda radiofônica pelo Presidente Getúlio Vargas, as revistas receberam maior investimento e passaram a ter relevância como representantes da cultura, por meio da exposição da produção musical do Brasil, evidenciando os artistas do meio radiofônico, em especial cantoras e cantores que se tornavam celebridades na época.
As Primeiras Revistas Brasileiras Sobre Rádio
A direção da Rádio Sociedade criou um veículo de comunicação impresso, em 15 de outubro de 1923, para ampliar a sua divulgação e a sua programação e para atender ao crescente interesse do público por esse novo meio de comunicação lançada oficialmente por Roquete Pinto, a revista radio tinha como objetivo a divulgação científica geral, sendo considerada o órgão oficial da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
Objetivo: A Rádio Sociedade fundou-se para propagar no Brasil o T.S.F. como elemento da cultura popular e manterá para seus sócios uma biblioteca, um laboratório e uma estação de telefonia, que diariamente espalhará por grande parte do território nacional informações cientificas e industriais, conferencias literárias, a poesia e a música.
(A revista radio passou a ser posteriormente da rádio clube de Pernambuco, da rádio clube cearense e da rádio sociedade da Bahia, circulando até 1926, quando nasceu a revista Electron, também idealizada por Roquete Pinto.)
(Em seu conteúdo editorial, além de abordar assuntos de interesse dos sócios da emissora, como balanço de atividades e alteração da estrutura da emissora, a revista divulgava a programação da Rádio Sociedade, que incluía músicas, atualidades, notícias econômicas e esportivas, entre outros conteúdos).
Décadas de 1930 e 1940: As revistas De Rádio e os Artistas
Na década de 1930 com a evolução do Rádio, as revistas, que antes eram porta vozes das suas emissoras, passaram a apresentar conteúdos relacionados à música brasileira, aos cantores populares e aos artistas do meio radiofônico. Muitas revistas substituíram os conteúdos técnicos e literários de suas seções, bem como seu caráter educacional, pela divulgação da vida dos artistas. Elas objetivavam relatar as histórias, com dados pessoais, fotografias e informações à respeito das novelas, dos atores, dos cantores e dos apresentadores do Rádio.
(Capa da Revista Carioca Com fotografia da cantora Ester de Abreu)