quarta-feira, 18 de maio de 2022

Atividade 2 - Grupo 7: Higor Montagnini, Rafaella Mendonça, Gabriel Ferreira, Ana Julia Tonhati

 

A publicidade do fumo durante o período 

de 1920-1949

 

Os anos de 1918 a 1939 são conhecidos como o Período Entreguerras, momento em que houve um “respiro” para o mundo depois de ter acontecido a Primeira Guerra Mundial (percorridas nos anos de 1914 a 1918) e antes de enfrentar a Segunda Guerra Mundial, em 1939 e que se perdurou até 1945.

 

A partir da Primeira Guerra Mundial, o cigarro se tornou um elemento tão essencial quanto a comida. Os soldados que lutavam ganhavam carteiras de cigarro nas trincheiras, porque fumar era uma das únicas atividades que mantinham o soldado acordado e trazia a calma, ou seja, os desestressava. Além disso, o cigarro era motivo de algumas superstições entre os soldados que diziam que não podiam acender três cigarros com o mesmo fósforo, pois se fumasse pela noite o primeiro, o inimigo conseguiria ver sua posição pela chama, preparava e carregava seu fúsil, enquanto fumava o segundo, o inimigo mirava e ao terceiro, atirava.

 

Depois disso o consumo do cigarro virou símbolo de sedução, sensualismo e sucesso. É notório que nesse período, a mensagem das propagandas de cigarro sempre foi muito clara: associava o produto a um estilo de vida glamoroso e moderno. Fumar era o mesmo que se afastar conservadorismo; era ter estilo próprio e independência. O discurso tentava conquistar principalmente o público mais jovem. Nos filmes de Hollywood, mais tarde, quase todos os protagonistas e bandidos tinham a sua própria maneira de fumar.

 

A exemplo disso, temos as seguintes peças publicitárias:


Cigarros Liberty





O cigarro foi colocado como "símbolo de liberdade feminina” não só nessa campanha de 1923, mas como em muitas durante esse período.

A exemplo disso, tínhamos os Cigarros Liberty, que possuía a propaganda do cigarro voltada às mulheres, para trazer a ideia na propaganda do tabagismo algo sedutor, sensual e que acarreta o sucesso.

Esse tipo de propaganda causava bastante sucesso, visto que todos (inclusive nos dias atuais) pretendiam alcançar a beleza e o padrão desejável para cada época, e era isso que as campanhas transpassavam: o sucesso!



 Cigarros Veado





Os cigarros da marca Veado eram fabricados no Rio de Janeiro pela Imperial Estabelecimento de Fumo, a primeira fábrica de cigarros do Brasil. Foi fundada pelo português José Francisco Corrêa, o Conde de Agrolongo. Ele nasceu em 1853 em São Lourenço de Sande, no concelho de Guimarães, ao norte de Portugal.



Cigarros Craven A

   

A marca britânica "Craven A" também foi uma das responsáveis pela divulgação de campanhas de incentivo ao fumo, novamente usando a figura feminina.

 

“Minha garganta está segura com Craven A… você pode confiar em sua suavidade e qualidade.”



Cigarros Marlboro




A Marlboro, uma importante empresa de tabaco da época, usou de estratégias íntimas para atingir cada pessoa de uma forma emocional trazendo os filhos como forma de convencimento da mãe para fumar.

“Só uma pergunta, mãe…Você pode se dar ao luxo de não fumar Marlboro ?

 Sim, você nunca precisa se sentir fumante demais, esse é o milagre do Marlboro!”  



Cigarros Guanabara




Os Cigarros Guanabara publicaram uma interessante estratégia de consumo para o mercado interno da época.  A propaganda falava para os trabalhadores consumirem mais do mercado interno a fim de tentar melhorar a economia do nosso país. 



Hollywood aderindo ao mercado





Durante os anos 40, as propagandas eram cheias de elegância, como dito anteriormente que buscava sempre o valor de sedução e glamour, e Hollywood aproveitou das celebridades para promover a venda dos cigarros da marca.


“Eu também mudei... Hollywood é realmente melhor! Cada vez mais pessoas estão mudando para Hollywood, uma tradição de bom gosto.”



Curiosidade: Nazistas, uns dos pioneiros da 

propaganda anti-fumo




Apesar de ser uma época onde a maioria das campanhas eram de incentivo ao fumo, os nazistas foram os primeiros a lançar campanhas anti-fumo. A tradução deste pôster é o seguinte:

“Ataque os vícios em vez de reclamar de seus fardos. O uso excessivo de tabaco custa ao povo alemão 2,35 bilhões de marcos anualmente, suficiente para fabricar dois milhões de Fuscas, ou gasolina suficiente para dirigir 50 bilhões de quilômetros (não milhões, prestem atenção!) precisamos racionar a economia do nosso povo!”.

O movimento antitabagista na Alemanha nazista teve início no Terceiro Reich (a própria época nazista no período da guerra) depois de os médicos alemães descobrirem a relação entre o cancro de pulmão e o tabaco, sendo líderes da primeira campanha pública antitabagista da história contemporânea.

Os movimentos cresceram em vários países a partir do início do século XX, mas estes tiveram pouco sucesso, a não ser na Alemanha, onde a campanha foi apoiada pelo governo, depois de o Partido Nazista subir ao poder. Foi a campanha antitabagista mais poderosa do mundo na década de 1930 e início da década de 1940.


É interessante percebermos que, em certo momento da história, o Tabagismo foi palco de muito incentivo e de manipulação dos meios midiáticos para trazer essa prática de consumo às pessoas. Hoje em dia, percebemos que há sim uma diferente forma de divulgação desse segmento, nas caixas de cigarros, por exemplo, são indicados os efeitos maléficos que o consumo deles podem trazer. Claro, o vício não impede ninguém de utilizar esses produtos, mas a conscientização é importante de ser evidenciada!













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